Uma vez que a literatura é uma das artes solitárias (em comparação com o teatro e a dança), quem vê um livro com dois autores geralmente começa a imaginar como se deu a tal parceria. Por termos nos conhecido de maneira inusitada, deixo aqui um breve relato:
Nós nos conhecemos porque a melhor amiga da Gisele, a Mirani, esqueceu a carteira em uma agência do Banco do Brasil próxima à reitoria da UFPR. Eu encontrei a carteira e, dentro dela, achei a carteirinha da universidade com o nome da dona. Após procurar por comunidades do orkut, encontrei o perfil da dona da carteira e combinei de entregar a carteira para ela. Depois de algum tempo, a Mirani comentou com a Gisele sobre o sujeito que havia devolvido a carteira dela e, por coincidência, era o mesmo sujeito que haviam dito que ela devia conhecer por causa dos textos, cujos temas eram similares aos dela própria. Não demorou muito para nos conhecermos virtualmente e, por morarmos próximos, marcamos de nos encontrar. Por fim, os prolongados papos literários e a amizade renderam este livro.
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Cabe lembrar também que somos canhotos (ainda que eu jogue handebol com a direita) e isso fica declarado em nosso brevíssimo manifesto (um intervalo entre soluços) na introdução do livro.